"Coração que pulsa" vai agora ao encontro de Carlos Silva. Carlos Silva é o desportista de maior prestigio de Castelo de Paiva...

Carlos Silva


"Coração que pulsa" vai agora ao encontro de Carlos Silva. Carlos Silva é o desportista de maior prestigio de Castelo de Paiva, prestigio adquirido à custa de muito trabalho, muita abnegação. Este é seguramente um grande momento para "Coração que pulsa".









Data Nascimento: 23/05/1967
Naturalidade: Bairros
Estado Civil: Casado
Filhos: três
Profissão: Pintor Automovéis

Palmarés:
  • Campeão Portugal FPME M40 (2010)
  • Campeão Portugal KM Vertical M40 (2010)
  • Vencedor Circuito Montanha M40 (2010)
  • 1º lugar Taça Portugal Veteranos FPA (2009/2010)
  • 2º lugar Taça Portugal M40 (2008)
  • 3º lugar Taça Portugal M40 (2006/2007)
  • Campeão Ibérico
Internacionalizações:
  • Campeonato Europa Republica Checa (2006)
  • Mundial Suiça (2007)
  • Mundial Suiça (2008)
  • Vice-Campeão Europa Sky Running (2007-Itália)

Tens consciência que te tornaste em uma figura pública (com os feitos desportivos) na sociedade paivense, sabes também que a fama é efémera, tens 43 anos, por tudo isso a questão é esta: sentes-te imortal ou tudo terá um fim?

Não tenho bem a noção do que represento na sociedade paivense, no entanto e avaliando pelas manisfestações de carinho e admiração que me têm sido demonstrado, penso ser uma fonte de inspiração e um exemplo para os jovens, o que me deixa extremamente feliz. A fama é efémera, é verdade! Mas eu já não procuro a fama. A época de 2010 correu bastante acima das expectativas; tenho artrose nos joelhos, o físico já não obdece à força mental, como acontecia antes, o que faz com que tenha muitos momentos de nostalgia, contudo prometo: contem comigo! Não está no meu pensamento abandonar o atletismo, até porque cada vez o prazer de correr é maior.

Algum dia pensaste atingir a notoriedade que possuis?

Como já afirmei, não tenho a noção dessa notoriedade, a verdade é que nunca pensei construir uma carreira desportiva como de facto construi.

Ao passar em revista o teu extenso e rico currículo desportivo, impõe-se esta pergunta: há em Castelo de Paiva o mínimo de condições para se poder forjar um percurso desportivo como o teu?

Se formos persistentes, decididos, dedicados, sim! Nunca saí daqui (Castelo de Paiva) nunca representei outro clube a não ser o Grupo Desportivo, na nossa terra temos percursos naturais maravilhosos, temos quase tudo de bom para podermos fazer carreira, o que nos falta são estruturas de apoio, estruturas que nos permitam boas recuperações em suma: estamos à espera que quem determina dê valor ao nosso trabalho e apoie o nosso movimento! Merecemos!!!

Destaca quatro ou cinco feitos, de entre os muitos deste 23 anos de carreira?

Em 1998 fiz a Maratona de Lisboa abaixo das 2h30, em condições difíceis o que não sendo nada de extraordinário, também não está ao alcance de todos. Um campeonato nacional de corta-mato na pista das Açoteias, onde estive em bom plano e onde senti um grande prazer de competir. Fui vice-campeão europeu de Ski Running em representação de Portugal em Itália numa prova com a extensão de 31Kms duríssimos, mas com panoramas belíssimos, fui também o vencedor individual da Taça Ibérica por clubes que o meu clube também conquistou em 2008. Mas sem margem para dúvidas, o que mais me tocou foi a primeira chamada à selecção de Portugal para o Europeu na República Checa, ainda hoje me arrepio todo ao pensar no momento, as outras chamadas foram também muito emotivas, mas a primeira....!

Nesta fase de vida e com quatro décadas vividas, o que esperas do futuro?

Atendento à situação que nos encontramos, espero continuar a ter trabalho. Anseio acompanhar o crescimento dos meus filhos (três), ajudá-los na formação. Espero que a saúde não me falta para poder fazer o que mais gosto e entre esses gostos sem dúvida está o atletismo.

Por último explica-nos como conciliar, vida social, familiar e desportiva?

De facto não é fácil conciliar tudo, a minha família nutre enorme orgulho naquilo que faço, tenho uma família maravilhosa, dão-me muita força, encorajam-me a continuar mesmo sendo muitas vezes prejudicados pela minha ausência devido à enorme carga de treinos e de competições.

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